quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

RE-formar de NOVO

A Reforma Protestante do século XVI trouxe um novo tempo para a fé cristã. Firmada a doutrina "sola fide, sola Escriptura, sola Gratia", desenvolveu-se uma teologia voltada para a pessoa de Deus em busca do ser humano. Esse movimento reformatório abriu prescedente para um reestruturação nas doutrinas que regem a fé em Jesus. O preço que os reformadores pagaram por tal atitude, na sua época, equivale a profissão de fé dos primeiros cristãos frente ao Império Romano, em seus primeiros anos da era primitiva. A Igreja Católica, atolada até ao pescoço no paganismo e ns exploração do ser humano, fez o papel do Império sem pestanejar: matar todos que não lhes fossem subordinados.


Com muito sacrifício a fé reformada chegou no século XXI. Durante o Iluminismo viu-se ameaçada por tantos pensamentos e filosofias a respeito da Bíblia e do seu Cristo, que o romper do século XIX não foi contado apenas pelo "passar das décadas", mas sim um desafio por manter o valor dos bravos reformadores frente um catolicismo escolástico.


O que mais me incomoda é ver o rumo que alguns estão tomando ao usarem a fé para enriquecimento ilícito e exploração, tal como nos séculos precursores da Reforma. Seria esse um sinal de um novo cisma? Alguns já pensam que sim e até mesmo em uma nova reforma. Todo o esforço para se encontrar uma alma que professe o Senhor Jesus, é descartado com uma exclusão do rol de membros, como se fossem os justiceiros da fé. A proibição imposta a alguns em não tomar a Ceia, deixa-me até pensativo sobre realmente de quem é a Ceia: se é da denominação ou do Senhor. E os "justiceiros" avançam na exploração do "rico mais cedo", levando pessoas a sacrificarem o mais precioso em nome de uma mudança financeira.


O argumento que alguns usam no meio financeiro é dizer: "sacrifique o que você tem de melhor. Abraão ofereceu Isaque, pois era o seu melhor". Ainda bem que Abraão viveu em tempos antigos, porque se é hoje, o Isaque tinha rodado. Todo culto ou reunião festiva, os desafios são levantados em troca da bênção financeira. O que ainda esses não pensaram é o seguinte:



  1. O Isaque não foi sacrificado.


  2. Deus não poderia, frente a promessa, pedir a herança de Abraão.


  3. O sacrifício de Isaque não resolveria o problema.


  4. A "religião dos pais" não incluía sacrifício humano.

Eu pensei há pouco tempo que seria necessário virar coelho para gerar filhos tão rápido, pois a cada sacrifício pedido, o tempo de gestação não permitia "produzir" um novo Isaque para a oferta. Interessante!


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