Conteúdo
A
conclusão que o autor chega a respeito da primeira lei é que “o professor é
responsável por levar os alunos a aprender”. Para chegar a este desfecho ele
recorreu principalmente à Bíblia, mais precisamente ao hebraico – língua
original do Antigo Testamento – para se basear nas implicações das palavras
“ensinar” e “aprender”. Suas próprias experiências em salas de aula como aluno
e como professor, o ajudaram a descobrir o caminho para a elaboração as 7 leis.
Segundo Bruce, as responsabilidades devem ser partilhadas entre aluno e
professor, pois o fracasso do aluno é o reflexo do fracasso da atuação do
professor e vice e versa. O peso sobre o professor a respeito do ensino também
pode ser transcendente, já que a própria Bíblia faz referência à
responsabilidade de quem ensina. Ele concordou também com a definição do
dicionário para sustentar seu argumento sobre o que significa “ensinar”.
Os
maximizadores abordados auxiliarão na execução dessa primeira lei. A
culpabilidade do fracasso ou sucesso fica maior sobre o professor, pois ele tem
posse do conteúdo, onde a criatividade e aplicação serão vitais para o resultado
final. A preocupação de quem ensina deve estar voltada para a necessidade de
quem ouve, e não na demonstração de grande conhecimento de quem ensina. A
eficiência de um professor não pode ser medida na quantidade de tempo de
exercício da profissão, mas no resultado visível do que acontece com os
ex-alunos referente ao que fora ensinado. Esta é a lei da igualdade de
compromisso entre professor e aluno e o autor considera esta o alicerce para
todas as outras leis que se seguem, mas a responsabilidade maior recai sobre
quem ensina.
Esta
segunda lei está voltada para o resultado que uma expectativa pode provocar em
uma pessoa. Seja um professor com os alunos; palestrante com a platéia;
preletores com auditórios; não importa onde nem quando, a expectativa está
presente em tudo e em todos de forma geral e recíproca. O resultado aparecerá
de acordo com o que se espera seja negativo ou positivo. Uma informação
verdadeira ou falsa a respeito do que será executado poderá desviar
completamente o rumo do planejado e provocar um resultado não desejado. O
desafio é transformar o que pode ser muito negativo em positivo e motivar
aqueles que são privados ou se privam de suas próprias capacidades a desbravar
suas habilidades. Nesta lei, exemplos são apresentados mediante textos bíblicos
para demonstrar a importância da preocupação com o próximo e como seu
relacionamento pode influenciar alguém para o alcance de um magnífico
resultado.
Fazer
uma leitura correta do passado e do presente pode prevenir um futuro de
sucesso, onde o impacto gerado maximiza o aprendizado. Nossas atitudes e ações
têm o poder de fracassar a vida de alguém ou transformá-la em razão de orgulho.
Deve haver um equilíbrio para que não tenhamos baixas ou exorbitantes
expectativas que gerem um descompasso trazendo decepções. Nesta lei, os
maximizadores da expectativa estão focalizados em como vamos aproveitar as
oportunidades, seja por comportamento, palavras, gestos, ações, etc.; o
resultado vai aparecer de acordo com nossas decisões e de como procederemos
ante cada oportunidade.
Todas
as 7 leis são baseadas ou norteadas por fundamentos bíblicos, mas esta lei está
mais voltada para a vida cristã, apesar de que possa ser utilizada em qualquer
área de ensino. Porém, visa mais o aspecto da vida prática de um cristão que
ensina a Bíblia. O conteúdo tem seu valor inegável, mas a aplicação terá um
resultado maior que apenas demonstração de grande conhecimento da história
bíblica. O segredo está na contextualização da mensagem bíblica que visa mudar
meu comportamento para ser o modelo de Cristo; trazer a teoria dos versículos
para minha prática diária; a conduta, o caráter, a comunicação que o cristão
apresenta terá impacto na vida das pessoas para darem ou não crédito no que está
sendo ensinado. O tempo gasto no preparo do ensino das Escrituras proporcionará
ou não que os demais saibam o que realmente Deus quer transformar em nossa vida
através daquelas palavras transmitidas há tanto tempo por textos bíblicos.
Negligenciando isso, certamente estamos correndo o risco de mesmo com a Bíblia
aberta, mas a Palavra de Deus ainda estar fechada.
Bruce
apresenta cinco passos importantes e fundamentais para que o resultado da
aplicação apareça. Nesses passos somos levados a detectar o que pode impedir ou
nos ajudar para o sucesso da aplicação. Dentre os maximizadores percebe-se
claramente que o cristão que ensina vai precisar da direção de Deus para
guiá-lo; a oração será uma aliada importantíssima no processo aplicativo. O
sucesso poderá ser percebido quando você não estiver mais presente ou ao lado
da pessoa que foi ensinada, mas a instrução dada leva a produzir resultados por
si mesmos, oriundos da aplicação feita com base no que se ensinou. Sem a
obediência aos ensinamentos bíblicos não pode haver vida cristã autentica.
Esta
lei concentra na arte de passar ao aluno o máximo de informações no mínimo de
tempo, com pouco esforço do aluno e com máxima retenção do que foi informado. O
texto bíblico usado como base para essa lei traz como exemplo algumas
iniciativas que podem ser usadas para reter informação a respeito de algo.
Assim como na o arco-íris é um símbolo da aliança de Deus com a humanidade (não
destruir a terra novamente com dilúvios), outros exemplos são dados como
reforço para uma retenção eficaz. Nesta lei o autor reforça ainda mais a
responsabilidade do professor no sucesso ou fracasso do aluno. Cartazes,
outdoors, símbolos, desenhos, etc., são meios concretos de fixar o conteúdo na
mente das pessoas, aumentando assim o nível de retenção.
Os
maximizadores desta lei vão reforçar que as entidades de ensino precisam se
preocupar com o nível da didática dos seus professores para que a instituição
possa ter melhor desempenho. A retenção só terá bom resultado se o conteúdo for
compreendido; caso contrário será perca de tempo. O empenho do professor deve
estar focado nos fatos mais relevantes do conteúdo e materializado nas formas
mais fáceis de memorização. Usar todo o
recurso possível para associação com a ideia central, como musicas,
dramatizações; associe algo acontecido que seja do conhecimento de todos com o
assunto e formalize o resumo, que poderá ser reduzido até mesmo em forma de uma
tabela, organogramas, etc. Assim haverá chances de reter por muito tempo, ou
até mesmo nunca mais se esquecerão.
Nesta
lei o sucesso depende de quem ensina, unir o conteúdo com a real necessidade de
quem se propõe a aprender. Assim como não se consegue pescar sem isca, também
não teremos proveito em lançar conteúdo indiferente aos alunos. A pessoa de
Jesus é o exemplo perfeito em atender a necessidade do seu público: Ele prende
a atenção, desperta a curiosidade a respeito do conteúdo, relaciona com a
necessidade do ouvinte e é capaz de suprir aquela necessidade com o que
apresenta. Aquele que se propõe a ensinar deve - segundo esta lei proposta –
caminhar nesta direção para que garanta o resultado que se espera. Claro que
tudo isso leva em conta a criatividade por parte do professor, visando
satisfazer a necessidade dos seus alunos e se colocando no lugar deles. Assim
há grandes chances de entender o que pode ser feito e de que forma poderá ser
ministrado o conteúdo.
Os
maximizadores trabalham nesta mesma direção onde se espera que o professor se
sensibilize com a realidade dos seus alunos nas mais diversas áreas do
dia-a-dia deles. Claramente se transcreve nas entrelinhas o envolvimento de
fato por parte do professor na vida dos estudantes; leva em conta as limitações
de cada um e interage de forma responsável, capaz de conscientizar da
necessidade de mudança; não somente isso, mas os métodos apresentados se tornam
eficientes mediante o reconhecimento por parte dos alunos de que ali, naquele
empenho por parte do professor está a esperança e o que precisam. Aqueles que
forem alcançados desta forma poderão se tornar grandes exemplos para outros com
necessidades semelhantes e ajudarem a transformar outras vidas. Assim, o
professor poderá concluir que usou a isca certa e que o peixe foi fisgado de
todas as formas possíveis em uma pescaria.
Esta
lei pretende despertar em cada líder cristão a responsabilidade omitida,
negligenciada e muitas vezes, desconhecida – que é a de preparar pessoas para a
continuidade da tarefa de ensinar. De acordo com a aplicação dada pelo autor do
texto de Efésios 4.11-12, cada pessoa cristã que ensina possui essa
responsabilidade de edificar e preparar outros para o ofício. Ensina-se muito
nas igrejas, o conteúdo ás vezes é bom, mas não prepara ninguém; entra ano e
sai ano e nada muda. Percebe-se por essa lei que muitas vezes estamos fazendo o
certo de forma errada; estamos evangelizando a igreja ao invés de prepará-la
para evangelizar o mundo. Segundo Bruce, esta lei nos permite ver que somos
vistos por Deus como dons para a Igreja; presentes a quem confiou responsabilidades que serão cobradas algum dia.
Neste sentido somos levados a perceber que os professores cristãos não preparam
o mundo para receber Cristo, mas instrui a Igreja de como realizar este
processo. Isto mostra que a igreja toda é responsabilizada pelo trabalho e não
somente alguns que compõem a diretoria.
Os
maximizadores desta lei mostram que compromisso, habilidade, conhecimento,
atenção aos mais interessados, contam muito para um serviço eficaz e desempenho
visível. O trabalho é árduo e exige o real comprometimento do professor para
esta conscientização. O professor instrui e mostra como faz; dá exemplos
práticos para que seus alunos o observem; faz junto com os alunos para promover
experiência a eles, preparando-os para trabalhares sozinhos; acompanha seus
alunos enquanto fazem e os inspiram para prosseguirem. Aqui também está o
desafio ao professor de ser criativo, perspicaz, sábio, sensível à limitação de
cada pessoa, incentivador, etc. Enfim, é uma responsabilidade e tanto, mas
fugir deste compromisso é negligenciar o método de Deus e a vontade dEle é que
sejamos obedientes enquanto é tempo, pois haverá um dia onde não será mais
possível voltar e ter uma segunda chance. Então este é o desafio: “preparar
para o serviço”.
Nesta
lei a palavra avivamento é reforçada pela sua literalidade de “trazer a vida de
novo”. Não deve ser entendia como responsabilidade de pessoas renomadas que
travam dias em uma série de conferências, mas está nas mãos de pessoas que buscam
a Deus por um despertar da Igreja. Bruce usa cinco passos baseados na história
de Natã confrontando Davi por causa de seu pecado. Visto que Deus poderia falar
diretamente a Davi, mas preferiu enviar-lhe alguém em Seu Nome, o autor percebe
que o professor é identificado na pessoa de Natã enquanto o aluno na pessoa de
Davi. Neste caso, seguem os passos mostrando que:
a) O
professor é um comissionado a transmitir uma mensagem divina;
b) Esta
mensagem tem o poder de confrontar a pessoa a mudar seu rumo de erros para
acertos; o professor não pode omitir a mensagem.
c) Os
erros são provocados pela violação dos mandamentos divinos. O professor deve
mostrar onde está o erro.
d) O
professor deve conscientizar o aluno de seus erros e mostrar que eles podem
provocar danos a outras pessoas como conseqüência.
e) O
professor deve mostrar uma solução. Neste caso, o arrependimento e confissão do
erro a Deus por parte do aluno.
Estes
passos vão produzir o avivamento onde havia mais morte que vida.
Os maximizadores desta lei mostram
que o avivamento não acontece quando Deus deseja reavivar, mas está
condicionado ao “querer” por parte dos seres humanos. A passagem do texto de II
Cr 7.14 exemplifica as bênçãos do avivamento sendo condicionadas ao interesse
por parte humana. Essa vontade e responsabilidade também estão nas mãos do
professor espiritual, ou seja, daqueles que orientam o povo de Deus. O
avivamento precisa ser contínuo e espera-se que quem o prega já o tenha
experimentado. O resultado de um avivamento é experimentado quando a mudança
provocada mostra a ação de Deus que molda-nos para sermos dEle. O avivamento
poderá ser visto quando:
I.
Corações forem convertidos à Cristo;
II.
Pecados forem confessados e deixados;
III.
Houver arrependimentos pelos erros;
IV.
A revelação for entregue e a pessoa admitir
que errou;
V.
Quando houver uma disposição em recomeçar.
É
necessário que se reconheça a necessidade do avivamento e que se busque por
ele. Tenha em mente que isto exige trabalho e é um ambiente de batalha
espiritual.